Pediatras falam sobre móveis e objetos que merecem atenção nesse cômodo
Cuidar do seu filho é prioridade máxima da sua vida, não é mesmo? Pais e mães sabem: mantê-los seguros é nossa missão e constantemente temos medo de falhar.
Por isso toda dica é bem vinda quando o assunto é proteção. E se vamos focar em manter nossas crianças longe do perigo é primordial tornar o quartinho deles o mais seguro possível antes de qualquer outra coisa.
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Separamos algumas dicas de pediatras e especialistas sobre o que fazer (ou não) na hora de decorar esse cômodo, levando em conta essa questão. Vamos a elas:
1 – TROCADOR
Você sabia que quedas são as maiores causas de atendimento a crianças em serviços de emergência? E que elas podem levar até a morte? Muito sério, né. Então precisamos minimizar os riscos ao máximo.
E o trocador costuma ser um espaço do quarto que é alto e aberto o suficiente para provocar quedas mais graves. Por isso se você tiver esse item precisa manter a atenção focada o tempo inteiro em que o bebê estiver sobre ele. Nada de olhar pro lado, nem para pegar a fralda.
2 – BERÇO
Sabe o “menos é mais”? Aqui ele se aplica totalmente. Berços decorados são lindos, mas o que queremos é segurança e, nesse quesito, eles perdem muitos pontos.
Os protetores de berço podem até ter esse nome porque evitam que a criança se machuque nas partes mais duras do móvel ou prendam a cabeça nas grades, mas isso não garante a segurança propriamente dita. É que qualquer coisa fofa, como também almofadas e bichos de pelúcia, pode acabar sufocando a criança durante os sono, segundo alertam os pediatras.
Sem contar que esses itens podem acumular pó e provocar alergias. Se está decidido a usá-los, a dica é optar por modelos simples, com enchimento de espuma rígida e que fiquem bem rentes à grade.
3 – QUADROS
Quadros e espelhos pesados podem cair ou ser derrubados da parede. Isso em qualquer lugar. Logo, é melhor que eles não estejam sobre o seu bebê enquanto ele dorme, não é mesmo? Por isso a dica de especialistas é não usar esses itens na parede em que o berço estiver encostado.
E mesmo em outras paredes do quarto, fique atento para que a instalação dos itens seja segura e fiscalize constantemente a situação para ter certeza de que não estão se soltando.
4 – MÓBILES
Entidades pediátricas alertam que os móbiles podem se tornar um risco caso sejam puxados para baixo. Eles são lindos e muitas vezes nem pensamos nessa questão.
Nesse caso não precisa abrir mão da peça, mas certifique-se que ela fique a uma distância de pelos menos meio metro da criança. Assim ela vai ver o objeto sem conseguir alcançá-lo.
Importante também que a base que fica presa ao berço ou à parede não seja frágil. Móbiles de madeira maciça, por serem muito pesados, devem ser evitados, assim como qualquer coisa que tenha muitas pontas.
5 – MÓVEIS
Segundo a Comissão de Segurança de Produtos do Consumidor dos Estados Unidos, 469 crianças morreram devido a incidentes de tombamento de móveis, TV e eletrodomésticos entre 2000 e 2019 no país.
Bastante né? Isso pode ser evitado fixando na parede tudo que for possível. E não só no quarto da criança. O pequenos gostam de escalar móveis, pais e mães sabem bem. Então, esses móveis devem estar presos o suficiente para que elas não consigam puxá-los sobre si mesmas no meio dessas brincadeiras.
6 – CORTINAS E PERSIANAS
Parecem inofensivas, mas não se engane. O cuidado aqui não é só para que esses itens não sejam acabem sendo destruídos pela criança em suas brincadeiras (embora também seja uma preocupação).
É que um estudo publicado na revista Pediatrics em 2017 analisou que, nos EUA, cerca de duas crianças por dia vão ao pronto-socorro por lesões relacionadas a cortinas com fios. Isso mesmo: crianças podem acabar se enrolando nesses fios, o que é muito perigoso.
7 – BABÁ ELETRÔNICA
Imagine a cena: uma criança agarra o fio da babá eletrônica que estava próxima ao berço e a puxa para cima de si, ainda ligada à energia elétrica. Já aconteceu com uma mãe que contou sua história aos pediatras. Felizmente não houve danos, nem por conta da eletricidade, nem pelo peso do próprio objeto atingindo o bebê.
Mas esse item é tão prático e eficiente para monitorar nossos filhos mesmo longe, né? Resolver essa questão é simples: pediatras aconselham que os pais comprem monitores sem fio.
8 – TOMADAS
Se tem tomada no quarto, ela deve estar coberta com protetores ou móveis. É isso que indicam os pediatras.
Um bebê curioso e uma tomada exposta são a receita para um desastre. Só em 2015, 32 crianças brasileiras de 0 a 5 anos foram vítimas fatais de acidentes envolvendo eletricidade, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade.
9 – BRINQUEDOS
Quarto de criança tem sempre muito brinquedo. Mas, se os seus pequenos costumam ficar sozinhos nesse cômodo enquanto brincam (ou mesmo pensando nos momentos em que eles podem acordar e ficar por ali antes de alguém perceber) é preciso que esses brinquedos sejam seguros.
Os que são muito pequenos ou com peças pequenas que possam se soltar representam um sério risco de asfixia. E sabe, né: tem fases em que crianças levam à boca tudo que encontram pelo caminho.
Para descobrir se um brinquedo traz perigo pediatras sugerem o teste do tubo de papel higiênico: se ele puder passar pelo tubo, há risco de asfixia.
10 – UMIDIFICADORES
Baixa umidade do ar faz mal à saúde. Por isso, umidificadores de ar são presença constante na decoração de quartos, já até comprados pela beleza estética aliada à funcionalidade.
Aqui o primeiro passo de segurança é mantê-lo sempre longe do alcance dos pequenos. Também é preciso limpá-los adequadamente para evitar o desenvolvimento de mofo. Afinal, caso reúna fungos ele se torna um risco podendo causar danos respiratórios ao bebê.
Se ficarem ligados na tomada, devem ser observados os mesmos cuidados que citamos no item das babás eletrônicas.
Pode até parecer meio óbvio o que citamos aqui. E é. Mas não custa lembrar, né! E as dicas valem para crianças de todas as idades, não dá para relaxar quando eles vão crescendo.
Afinal, todos os dados apresentados mostram que só a vontade de manter seu filho seguro não é suficiente: é preciso estar sempre atento a tudo. Mesmo às coisas que parecem óbvias.
Texto: Adriele Nardelli - jornalista e redatora Prego e Martelo
