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Dicas

Escolhendo o piso ideal

Publicado em 27.01.2023 |
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Ele vai ficar em destaque e merece atenção no projeto

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Para muita gente esse é um dos momentos de maior dúvida na hora de construir ou reformar. Afinal, o piso é uma parte da obra que você não quer ter que refazer no futuro, o que aumenta a responsabilidade dessa decisão.

Vai combinar com tudo? Tem durabilidade? É fácil de manter? Essas são algumas das perguntas que se deve fazer antes de bater o martelo sobre pisos para a sua casa. Nós preparamos um breve manual com alguns outros detalhes importantes para levar em conta nessa fase do projeto.

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Primeiro, vamos falar dos pisos mais usados

1 –Vinílico - é fabricado em resina de PVC e tem um acabamento amadeirado. Pode vir em formato de placas, tapetes e mantas. Melhora a acústica e conforto térmico do ambiente e é resistente à água.

2 – Laminado - são placas produzidas a partir da madeira aglomerada e instaladas sobre uma manta. Como o anterior, ajuda na acústica e tem conforto térmico, mas esse tipo de material não pode ser molhado.

3 – Madeira - pode ser encontrado no formato de tacos ou tábua corrida. Tem custo elevado e requer cuidados especiais. Por exemplo, não pode ser molhado e recomenda-se o uso de cera para dar brilho.

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4 – Cerâmica -  disponível em diferentes tamanhos, cores e texturas, a cerâmica é uma alternativa mais barata e acessível. Os pisos de cerâmica são resistentes, de fácil limpeza e podem ser usados em áreas internas e externas.

5 – Porcelanato – Também tem grande variedade de acabamentos que possibilitam seu uso em áreas molhadas e secas. Só que é mais caro, justamente porque possui qualidade e resistência superiores ao piso cerâmico. Também requer menos espaço de distancioamento entre as peças, o que cria um visual mais inteiro e uniforme

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6 – Grés– Seria um tipo de intermediário entre cerâmica e porcelanato. Segundo a Inmetro, a definição do que é porcelanato inclui a baixa absorção de água, de 0 a 0,5%. O grés também possui baixa absorção, porém vai de 0,5 a 3%. A resistência mecânica é alta, assim como o porcelanato e para aplicação vai ser utilizado o mesmo tipo de argamassa. Ou seja, ele é melhor e mais resistente que o piso cerâmico, porém um pouco inferior ao porcelanato. Existe ainda o Semi Grés que apresenta uma resistência um pouco inferior ao próprio Grés, porque sua taxa de absorção de água está entre 3% e 6%.

Vamos a algumas questões importante, sobre como e onde usar cada tipo de piso

1 – Áreas molhadas - Banheiros, lavabos, cozinha e área de serviço ficarão mais seguros com pisos de cerâmica ou porcelanato. Eles também são conhecidos como pisos frios, ou seja, podem ser lavados e molhados sem preocupação. Mas atenção: alguns tipos desses pisos podem ser muito escorregadios. Por isso lembre sempre de optar pelo porcelanato acetinado e a cerâmica com acabamento abrasivo para evitar acidentes. Há quem opte pelo piso vinílico para a cozinha, mas nesse caso os cuidados terão que ser constantes. Pouca água, ok. Mas ele não pode ser molhado abundantemente no dia a dia. Logo, não pode ser lavado.

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2 – Salas, quartos e outros espaços de conforto - Para deixar a casa mais aconchegante, os pisos de madeira, laminado e vinílico são os mais indicados. Ou até mesmo carpetes. Todos contribuem para manter o conforto térmico, diferente dos pisos frios. Além disso, o próprio efeito mais amadeirado (ou do tecido) tornam o espaço mais acolhedor. Mas atenção: se você tiver alergia, fuja dos carpetes que podem acumular muita poeira. Além disso, mesmo nessas partes da casa, é preciso ter muito cuidado com água e também alguns pigmentos, como tinta de canetinha por exemplo. Alguns desses materiais são sensíveis ao contato com essas substâncias e podem acabar estragados ou marcados para sempre.

3 – Integralização dos ambientes -  Não é necessário usar o mesmo piso em todos os cômodos da casa até porqu, como mostramos, nem todos podem ser usados em qualquer ambiente.  O foco é garantir praticidade e segurança nas áreas molhadas e escolher o que vai te fazer mais feliz especialmente para áreas de maior premanência, como salas e quartos.  Mas se a sua casa tem ambientes integrados, manter o mesmo piso vai causar efeito de  maior amplitude e uniformidade para o espaço.

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4 – Áreas externas – Aqui é preciso avaliar alguns quesitos antes de escolher o piso. Ficará sempre exposto ao sol? Será impermeável? Há idosos ou crianças na casa? Locais que comportam piscina, por exemplo, precisam de revestimento que interaja bem com a água, especialmente um que não seja liso.  Outra dica é dar preferência aos pisos claros, pois esquentam menos mesmo em contato com o calor do sol.

5 – Locais de uso comum – Quanto mais gente circula pelo ambiente, mais sujeira. E se você for do tipo que não gosta de ver marcas pelo chão, evite os pisos que sejam brilhantes, como porcelanatos polidos. São lindos e normalmente conquistam as pessoas justamente por esse efeito que o brilho causa. Mas quem tem sabe: eles deixam qualquer sujeira, pêlo ou marca de sapato, por exemplo, bem mais visíveis. Também vale ressaltar que refletem os móveis, o que nem todo mundo curte.

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Mais uma questão importante: você sabe o que é PEI?

A sigla se refere ao Índice Porcelain Enamel Institute, que é a classificação dos revestimentos cerâmicos levando em conta a resistência do esmalte da peça e o possível desgaste por abrasão, baseado na projeção da quantidade de tráfego que vai receber.

O site do Inmetro traz cinco níveis. Quanto menor o número, menor a resistência para suportar a circulação de pessoas e os efeitos do tempo. Dessa forma existe uma recomendação:

- PEI 1: para ambientes residenciais onde se caminha com chinelos ou pés descalços.

- PEI 2: para ambientes residenciais onde se caminha com sapatos.

- PEI 3: para ambientes residenciais onde se caminha com alguma quantidade de sujeira abrasiva, exceto areia e materiais com dureza maior que a dela.  

- PEI 4: ambientes residenciais e comerciais com tráfego considerável de pessoas.

- PEI 5: para ambientes residenciais e comerciais com tráfego realmente muito elevado, onde circulam muitas pessoas e por muito tempo também.

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É importante levar em conta esses vários fatores na hora de escolher o piso. Parece uma missão simples, basta procurar o mais bonito e comprar. Mas exatamente fazendo isso, muita gente acaba se arrependendo depois por motivos que poderiam facilmente ter sido evitados com um pouco de pesquisa. Piso liso na cozinha com crianças? Imagina só a dificuldade que vai ser viver com isso. Piso brilhante em áreas de muita sujeira? Você pode acabar tendo que limpar mais do que gostaria.

Por isso que nosso conselho final é conversar sobre o tema, pesquisar e tirar todas as dúvidas antes da compra. É uma parte da obra difícil e cara para trocar em caso de erro, por isso todo cuidado é bem-vindo.

 Texto: Adriele Nardelli - jornalista e redatora Prego e Martelo